Viver em rede: do virtual ao humano

Estar em rede é a garantia para manutenção da vida. Da alimentação à continuidade das espécies, o mundo só é mundo porque diferentes seres se associam todos os dias para dividir a existência. Não é à toa que, nos últimos anos, a internet entrou para a lista dos itens essenciais à sobrevivência humana. Isso porque, além de extinguir distâncias geográficas e promover conhecimento, a web aproximou e conectou pessoas.

E se a internet transformou a proposta de relacionamento humano, também interferiu na conexão das empresas. Assim como um vírus em constante mutação, a rede imprimiu seu DNA de agilidade e inovação nas relações do mercado. Com ela, novas profissões foram criadas, diferentes canais de comunicação passaram a fazer parte da ligação com os públicos e um novo jeito de fazer negócios começou a existir. Nesse contexto, surgiram espaços abertos para promover integração, interação e informação: blogs, redes sociais, intranets, chats instantâneos, games on-line, etc.

Possuir uma conta em uma dessas plataformas representa o passaporte para a era digital. Mas dentro desse processo de evolução, o que as empresas estão descobrindo é que para viver no mundo tecnológico, a grande exigência é a humanização. Parece um retrocesso? Não. Se o telespectador não pode responder à propaganda da TV ou o leitor não pode comentar o anúncio da revista, nas redes sociais essa experiência se torna possível. Por esse motivo, o diálogo é a grande ferramenta para as marcas que querem conquistar território no meio on-line.

Como em uma relação humana, é preciso possuir identidade, ter um bom papo, falar a língua da tribo a que pertence. Uma grande empresa (não só em porte, mas em presença digital) não tem apenas uma página, mas conquista uma rede de seguidores que tem interesses e valores compatíveis com a marca, busca novas tendências e provê conteúdo de relevância, construindo uma relação real em um ambiente cibernético.

Acima de tudo, as empresas que estão dispostas a se expor na rede, precisam ser coerentes com sua imagem off-line e on-line. Assim como em uma amizade, continuamos prezando pela transparência, pelo respeito e pelo diálogo, regra que vale tanto no mundo virtual quanto no real. Pois, se no mundo real as relações garantiam a existência das marcas, no mundo virtual elas são a chave para a perpetuidade do negócio. Em um meio cada vez mais competitivo, é essa genética que vai definir se a empresa viverá por gerações ou sofrerá o processo de extinção.